sexta-feira, 29 de maio de 2009

era o que eu dizia.



que venham todas as horas repletas de bebidas, corpos, rostos, risadas, pecados, intenções e bondade, de copo em copo.
brindemos à sexta-feira de mistérios e pedidos em voz baixa, ao longo do corredor, enquanto finjo rezar dissimulando um pensamento em você.
ainda há espaço para muitos acertos ao longo do meu caminho.
e muitos erros dentro da minha bolsa.

sexta-feira, 22 de maio de 2009

reinvadindo.

a chuva caia mostrando que além da água que invade a cidade, os risos, os olhares, as mordidas e os milagres acontecem até quando o Lenine faz o seu show.


"(...) Derramei minha saudade
E a cidade escureceu
Desabei na tempestade
Por um beijo seu
Nem a Lua, nem o Sol, nem Eu
Quem podia imaginar
Que o amor fosse um delirio seu
E o meu fosse acreditar
Hoje o Sol não quis o dia Nem a noite o luar."

e lá vamos nós - mais uma vez.


"(...) E
eu
me
rendo
A
mais
um
milagroso
dia (...)"

domingo, 17 de maio de 2009

de nada.

porque o mundo dá voltas.

sexta-feira, 15 de maio de 2009

na boca do sapo.

"(... ) seu nome na boca do sapo
sua boca na minha
(...)"
Céu - Lenda.

entre calçadas, desamores, desafetos e muitas histórias em comum, as quatro garrafas se fazem presente. assim como os enredos, os risos, as coincidências, os destinos.
o riso em comum, ainda é o mesmo.
na boca do sapo.

quarta-feira, 13 de maio de 2009

insônia

gosto de café.
gosto.

sexta-feira, 8 de maio de 2009

avisa!

vento no cabelo, cabelos nos olhos, no nariz, na boca.
cabelos ao vento, emaranhado de cabelos.





desatino da noite?
"(...) Parece até que o vento traz o sentimento
Ele nem faz questão de nos avisar
Pro vento que traz sofrimento,
que sopre pra outro lugar."

terça-feira, 5 de maio de 2009

pensando

foi bom.
foi bom reencontrar aquelas pessoas.
foi bom respirar um novo ar, cheirando a lama e a maracatu.
foi bom dormir pesado.
foi bom acordar cedo.
foi bom aprender escutando, dizendo, negando, afirmando.
de mãos dadas, mãos separadas, mãos suadas, mãos indicando, mãos negando.
mãos que constroem o caminho.

foi bom escutar batuque.
escutar cantigas e melodias.
foi bom dançar timidamente.
foi bom beber, escutar a chuva caindo e a música alta.
foi bom largar a bebida, segurar as mãos desconhecidas e dançar ciranda.
foi bom ter os pés descalços.
foi bom sujar eles com a poeira do chão.

foi bom ter os ânimos a flor da pele.
foi bom sentir a ansiedade correndo nas veias.
foi bom conversar. debater. procurar saber. me esforçar.
foi bom.

foi bom comemorar pela vitória.
foi bom ver todos felizes.
foi bom estar feliz.
e é melhor ainda saber que esse vício não me larga as pernas e faz com que eu não consiga parar, de viver ~*

chutando a vida e as histórias.

faixa 07.
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acordes e melodias.

celular toca e o visor denúncia um número velho porém conhecido. a mão incontrolada aperta o botão verde e a mente atende mesmo antes de processar as idéias.

- alô?
- alô (...)
- ah, oi!
- oi! por que você me mandou aquela mensagem ontem?
- ah...essas coisas não tem explicação. mandei porque tive vontade. queria que você soubesse, era importante pra mim.
- mas isso foi do nada?
- foi sim. precisei dizer. precisei saber que você sabia, de alguma forma, mesmo ainda tão gélida e distante. apesar de tudo, foi verdade.
- ah, que bom, fico bem feliz por isso. obrigada.
- magina.
- (...)
- (...)
- mas e aí, como você tá?
- tô bem, vida corrida. e você?
- eu tô super bem, vida corrida também.
- super bem? que bom! foi pressentimento então.
- é, foi. você sempre teve isso né?
- sempre! como daquela vez que você feriu o pé!
- é...
- (...)
- (...) tô ouvindo S.
- ah, sempre a encontro, sempre conversamos muito.
- diz que eu mandei um beijo pra ela.
- digo sim.
- (...)
- (...) bom então é isso, só liguei mesmo pra saber como você tava e tal. fica bem aí.
- beleza, se cuida aí também. um beijo.
- beijão.


e enquanto isso a música repetia o refrão final, até pular pra próxima faixa.
(...) um lugar onde aquecer as mãos
um beijo salgado quente
um vazio fundamentado no formato que você deixou