segunda-feira, 8 de novembro de 2010

Ensaio sobre o futuro (?)

- sonhei com você.
- pensei em você agorinha.


[...]


- muita simbologia.
- mas me deixa claro as crianças que somos.





sábado, 2 de outubro de 2010

Na confraria



"[...] eu amei.
amei demais.
nos bons dias ainda amo,
debaixo da pele,
dos sorrisos e no fundo dos olhos escuros.
ainda amo, desesperadamente.
como a primeira vez.
nos dias que a efervescência raivosa do sol interfere,
amo com o ódio que me resta,com rancores carinhosamente guardados.
como a última vez.
olhando as fotografias desgastadas pela saudade,
sinto não ter vontade de voltar no tempo.
mas escapa uma lembrança de canto de boca,
lembrando como era agradável ter os risos e as raivas.
no primeiro sábado do mês que é meu,
eu abro a janela e espalho a saudade pelo quarto que é nosso.
e vou viver com a música."

quinta-feira, 8 de julho de 2010

O importante é ter porto.



"[...] Como um bom barco no mar
Eu vou, eu vou"

sábado, 19 de junho de 2010

uma saudade vermelha.

Se tens um coração de ferro, bom proveito.
O meu, fizeram-no de carne, e sangra todo dia.
SARAMAGO, José.

traz uma cachaça.


qualquer riso, besteira, descanso ou pré-ocupação no sábado de madrugada com uma pilha de projetos na mesa. o corpo estica, posso tocar a parede com a ponta dos pés. os cabelos lavados caem no rosto, o cheiro é bom. a música relaxa, faz lembrar. relembrar. faz sorrir. o coração eu deixo jogado em qualquer canto do quarto, sangrando, esperando esparadrapo.

quarta-feira, 9 de junho de 2010

É doce morrer no mar.




Ele mexeu nos seus cabelos, deixou a nunca dela a mostra, notou aqueles traços na sua pele e perguntou: quem são?
Ela? sorriu.
*dedicado ao Menino do Rio.

segunda-feira, 8 de março de 2010

sexta-feira, 12 de fevereiro de 2010

e cair no passo!



voltei, Recife.
mas foi o frevo que me trouxe pelo braço ~*

terça-feira, 9 de fevereiro de 2010

e eu? aqui.

6 anos.

e você ainda me pega pelo braço, grita nos meus ouvidos, é rude quando eu insisto em algo que não acredita. 6 anos com sua barba grossa roçando e deixando marcas na minha pele. 6 anos com teus costumes que não me acostumo, mas que calo olhando o horizonte.

é muito tempo vivido em tão pouco tempo. parece que foi ontem, que você me recebeu de braços abertos enquanto eu chorava e esperniava por outro. a verdade é que aceitar teu abraço me doeu mais que qualquer coisa e ao mesmo tempo me fez uma mulher mais forte. eu tinha que sobreviver e o teu amor por mim, era o que me restava, por mais que eu o odiasse.

foi esse teu amor que me deu silêncio pra lamber as feridas. foi esse teu rude amor que me fez uma outra pessoa. mais vermelha, com os pés no chão, com as idéias teimosas. foi por causa desse teu amor que me machuquei e tive que crescer em cima das cicatrizes.

é com esse teu amor que eu morro e a cada dia renasço mais forte.

você me olha com esses teus olhos negros, sabe que essa relação complicada é ao mesmo tempo construtiva mas você também sabe que não pode aprisionar o que tem asas.

espera pelo futuro próximo, que eu hei de te beijar com toda minha gratidão.

"[...] te dou amor enquanto te amar
prometo te deixar quando acabar"
ANTUNES, Arnaldo.

domingo, 7 de fevereiro de 2010

Quem diria que viver ia dar nisso?

- Se hoje o sol sair, eu te prometo o céu.

- Acho que é bom a gente saber que existe desse jeito em alguém, como você existe em mim.

- Então, no teu ouvido duro, na tua alma fria, e vou dizendo leve, e vou dizendo longo sem pausa - gosto muito de você de você muito de você.

-
-
Acontece porém que não tinham preparo algum para dar nome às emoções, nem mesmo para entendê-las.
-
-
- Você não me entende porquê você nos divide em dois: eu e você. Não existe divisão. Eu não sou só eu. Eu sou também você.

- A gente tem o vício (eu, pelo menos) de matar a alegria com mil análises críticas que geralmente não têm nada a ver.

- Quis tanto dar, tanto receber. Quis precisar, sem exigências. E sem solicitações, aceitar o que me era dado.

- Não queria pedir mais do que você tinha, assim como eu não daria mais do que dispunha, por limitação humana. Mas o que tinha, era seu.

- Mas queria uma coisa nas mãos agora.

- Você tem uma coisa nas mãos agora. - Eu? - Eu.

- Afinal, parece que tudo vai terminar bem, não é? Tudo está bem quando termina bem, não é assim?

- Todos sentimos muitíssimo, mas que se há de fazer se acaba mesmo assim?

- Mesmo se esse barco estiver furado eu vou, basta me pedir. Mas a gente tem que afundar junto e descobrir que é possível nadar junto.

-Parece difícil de enxergar que insistir nisso é perda de tempo, é perda de vida em uma causa perdida.

terça-feira, 26 de janeiro de 2010

Librianices.

O que diferencia o remédio do veneno?




a vítima.
foto e frase por um libriano dessas terras potiguares.

Com razão

O que diferencia o remédio do veneno?


a dose.

elemento: ar

deve ser culpa do ar essa repulsa, essa irritação por pequenas grandes coisas. deve ser culpa do ar esse aperto no coração, dificultando toda e qualquer respiração. dificultando o preenchimento total dos pulmões. deve ser culpa do ar, esse cansaço fácil, essa complicação em cada célula fazer seu trabalho.

deve ser culpa do ar não sentir os pés no chão, não ver muita coisa além de um palmo. deve ser culpa do ar que por algum motivo colocou um desses planetas regentes em total desencontro com a balança, quie insiste em brincar de pender para um lado só.

enquanto isso, Ariel e Caliban devidamente pendurados nos pés do meu ouvido insistem em sussurar coisas ao mesmo tempo, resultando numa melodia confusa, com gritos, sorrisos, vapor, verão, hipotensão num quarto bagunçado.

excessos.

numa dessas madrugadas perdidas, eu apareço com o cheiro de rua, com a cor das bebidas nos olhos para contar como esqueci meu querido com minhas inquietudes e dessassegos e celebrar esta incrível paz que me assola com dias ensolarados e noites bem dormidas.
o meu grande problema sempre foi mesmo o excesso de água quente, sal, tempero.


segunda-feira, 25 de janeiro de 2010

a paz de alguém está prestes a acabar.

segunda-feira, 18 de janeiro de 2010

na rua

mistura doida.
tem uma percurssão de sorrisos em potencial aqui dentro.
de longe, eu sinto o barulho dos tambores e afins. eu sei o que está proximo.
posso ver o colorido dos paêtes.
posso sentir o calor da multidão que me aproximo.
eu posso me perder entre as plumas.
e cruzo os dedos.

e agora entendo e não quero o chamado cruel da quarta-feira.
eu quero mesmo . . .

"[...] é botar meu bloco na rua "

quarta-feira, 13 de janeiro de 2010

fim - do ciclo.

parece que morri.
ou que morreu algo de mim.


mas sentada na cadeira de balanço, olhando a vida lá fora, eu cruzo os dedos para que esse aperto no peito seja somente consequências de mais um encerramento de ciclos.

terça-feira, 12 de janeiro de 2010

sábado, 2 de janeiro de 2010

dois - tiê.

Como dois estranhos cada um na sua estradanos deparamos,
numa esquina, num lugar comum.
E aí? Quais são seus planos?
Eu até que tenho vários.
Se me acompanhar,
no caminho eu possso te contar.
E mesmo assim,
eu queria te perguntar,
se você tem ai contigo
alguma coisa pra me dar,
se tem espaço de sobra no seu coração.
Quer levar minha bagagem ou não?
E pelo visto, vou te inserir na minha paisagem
e você vai me ensinar as suas verdades e se pensar,
a gente já queria tudo isso desde o inicio.
De dia, vou me mostrar de longe.
De noite, você verá de perto.
O certo e o incerto, a gente vai saber.
E mesmo assim,
Queria te contar que eu tenho aqui comigo
alguma coisa pra te dar.
Tem espaço de sobra no meu coração.
Eu vou levar sua bagagem e o que mais estiver à mão.


uma daquelas músicas que brindam os espaços vazios da alma, da casa e da vida ~****

sexta-feira, 1 de janeiro de 2010

2010 - mais um milagroso dia!




.

o meu pedido pra 2010 é amor de graça, rima fácil, riso solto, poesia noturna, corpo salgado, água de mar, aguardente, trabalho, reconhecimento, fé, música envolta em olhares e gestos, surpresas, conquistas, um céu azul, librianices, exceções e todo o carinho teu!

.

[...]

recortes do passado se desfazem em água corrente.be
entrelaçando meus dedos com a sorte, eu peço para que o futuro se encarregue de colocar os pingos nos is.
e que minha blusa cheirando a cerveja vinda da tua boca, não conte as paredes os risos altos.