sexta-feira, 12 de fevereiro de 2010

e cair no passo!



voltei, Recife.
mas foi o frevo que me trouxe pelo braço ~*

terça-feira, 9 de fevereiro de 2010

e eu? aqui.

6 anos.

e você ainda me pega pelo braço, grita nos meus ouvidos, é rude quando eu insisto em algo que não acredita. 6 anos com sua barba grossa roçando e deixando marcas na minha pele. 6 anos com teus costumes que não me acostumo, mas que calo olhando o horizonte.

é muito tempo vivido em tão pouco tempo. parece que foi ontem, que você me recebeu de braços abertos enquanto eu chorava e esperniava por outro. a verdade é que aceitar teu abraço me doeu mais que qualquer coisa e ao mesmo tempo me fez uma mulher mais forte. eu tinha que sobreviver e o teu amor por mim, era o que me restava, por mais que eu o odiasse.

foi esse teu amor que me deu silêncio pra lamber as feridas. foi esse teu rude amor que me fez uma outra pessoa. mais vermelha, com os pés no chão, com as idéias teimosas. foi por causa desse teu amor que me machuquei e tive que crescer em cima das cicatrizes.

é com esse teu amor que eu morro e a cada dia renasço mais forte.

você me olha com esses teus olhos negros, sabe que essa relação complicada é ao mesmo tempo construtiva mas você também sabe que não pode aprisionar o que tem asas.

espera pelo futuro próximo, que eu hei de te beijar com toda minha gratidão.

"[...] te dou amor enquanto te amar
prometo te deixar quando acabar"
ANTUNES, Arnaldo.

domingo, 7 de fevereiro de 2010

Quem diria que viver ia dar nisso?

- Se hoje o sol sair, eu te prometo o céu.

- Acho que é bom a gente saber que existe desse jeito em alguém, como você existe em mim.

- Então, no teu ouvido duro, na tua alma fria, e vou dizendo leve, e vou dizendo longo sem pausa - gosto muito de você de você muito de você.

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Acontece porém que não tinham preparo algum para dar nome às emoções, nem mesmo para entendê-las.
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- Você não me entende porquê você nos divide em dois: eu e você. Não existe divisão. Eu não sou só eu. Eu sou também você.

- A gente tem o vício (eu, pelo menos) de matar a alegria com mil análises críticas que geralmente não têm nada a ver.

- Quis tanto dar, tanto receber. Quis precisar, sem exigências. E sem solicitações, aceitar o que me era dado.

- Não queria pedir mais do que você tinha, assim como eu não daria mais do que dispunha, por limitação humana. Mas o que tinha, era seu.

- Mas queria uma coisa nas mãos agora.

- Você tem uma coisa nas mãos agora. - Eu? - Eu.

- Afinal, parece que tudo vai terminar bem, não é? Tudo está bem quando termina bem, não é assim?

- Todos sentimos muitíssimo, mas que se há de fazer se acaba mesmo assim?

- Mesmo se esse barco estiver furado eu vou, basta me pedir. Mas a gente tem que afundar junto e descobrir que é possível nadar junto.

-Parece difícil de enxergar que insistir nisso é perda de tempo, é perda de vida em uma causa perdida.