domingo, 20 de dezembro de 2009

insone. . .

domingo de dezembro, 05h40 da manhã.
brutalmente desarmada, com a maquiagem ainda de ontem, a ferida que parecia tão cicatrizada rompeu-se.
e eu não sei o que fazer.



a música lava a alma e explica a história por si.

sexta-feira, 4 de dezembro de 2009

esse meu ódio é



fazia tempos que eu não passava por aqui. a casa um pouco empoeirada, denunciou minha ausência.
hoje estou passando pra jogar as flores secas no lixo.
e pra dizer que eu não aceito ir para a fogueira de graça.
se quiser, é melhor me acertar no peito com alguma coisa que eu realmente tenha feito.

segunda-feira, 2 de novembro de 2009

outra mensagem de amor.


ah, my simple man, que saudade do seu sorriso largo, vivo e bonito. dos teus abraços tão enormes, do teu amor único. que saudade dos poucos episódios malucos, engraçados e nostálgicos que vivemos. quanta saudade.
que saudade de tudo o que eu não lembro, de tudo que não podemos viver. saudade do tamanho do infinito.

"[...]Forget your lust for the rich man's gold
All that you need is in your soul,
And you can do this if you try.
All that I want for you my son,
Is to be satisfied"

sábado, 31 de outubro de 2009

+24

a fase é nova, os ares são novos, trazem o calor do verão e do desconhecido. no cabelo bagunçado pelo vento, a gente sorri de novo, imaginando mil futuros, com indagações e gosto de chocolate. mistério e curiosidade no ar. enquanto o mês é 10, a gente agradece as mágica, os raios solares e agradece pelos caminhos se cruzarem.
a gente brinda com taças diferentes, a vida e suas cores fortes. a gente torce, cruza os dedos e faz figa pra que tudo, dê certo. e se não der, a gente tenta de novo. mas se der, a gente ri até a barriga doer e até semear mais risos nos jardins alheios.
e enquanto eu não quero quase nada, quase tudo acontece ~~~*

quarta-feira, 14 de outubro de 2009

14!

::::: e os dias cheios de sol, vento e coração.
:::: planto na alma jardim, perguntas no olhar, cheiro de alecrim e exclamações,
::: carregando nos cabelos incertezas, lamentos e um punhado de inquietações -
:: enquanto nas mãos eu levo o nada, lavo a alma.
: eu não paro, o vento me leva.

sábado, 26 de setembro de 2009

recomendações de sábado.

final de semana cheio.
cheio de papéis em cima da escrivaninha, a cama cheia de livros, a cabeça cheia de idéias, a alma cheia de música. é, eu não poderia estar tão engajada em algum projeto se não tivesse nenhuma trilha sonora fazendo cocégas na minha alma, me ajudando nessa caminhada tão extensa.
a recomendação de hoje vai para Comadre Fulozinha.
dispensa comentários pra quem quiser ouvir:





música brasileira de ótima qualidade. está me mantendo longe de pensamentos ruins, está me deixando de alma colorida e de quebra me oferece um sossego desses que não se encontra nos sábados a noite, enquanto o inferno está quente e cheio de boas intenções.
vou até aproveitar a maciez do pijama, as meias estampadas, os lençóis perfumados, o quarto arejado e ir dormir cedo.

*(depois de algumas mudanças na vida, estou me afastando temporariamente (?) dos inferninhos, das noites insones, do vermelho dos risos cortantes, das auto sabotagens . se é fase, só Deus sabe mas que essa quietude de alma está me fazendo um bem, ah isso está!)

sexta-feira, 25 de setembro de 2009

só o vento explica. ou não.







eu falo e não digo nada.
há dias eu não paro de pensar.


quinta-feira, 24 de setembro de 2009

achados na gaveta - parte I - o vício.

Depois do ranger da porta denunciando a saída dele, não mais que silenciosa e indiferente – ela sentada, de cabeça baixa na poltrona, resolveu que ia mudar. Não queria mais ser aquela portadora de sentimentos pesados, acorrentados aos seus pés. Decidiu abrir mão de si para tentar ser outra, aproveitando o pouco de coragem que lhe aparecia timidamente. Começou arrancando todas as lágrimas, uma a uma. Por mais que doesse ou arrancasse sangue dos olhos, ela estava decidida a deixar sua alma seca, disposta a pagar o preço que isso exigia. E isso exigia muita dor. Mas como teimosa que era, estava ali para dar a cara à tapa, ou os olhos as lágrimas. E foi arrancando uma a uma, pacientemente, como quem não tem pressa para olhar o horizonte com os mesmos olhos e não com os mesmos sonhos.

O rímel negro havia manchado toda a pele e teve a necessidade de arrancar toda aquela máscara negra e toda aquela armadura de seu corpo. Então, despiu-se e no lugar da armadura, resolveu cobrir-se de arame farpado. Assim, quando ele voltasse, ela estaria esperando-o de braços abertos, sedentos para um afago traidor. Ele louco para abraçar o seu corpo, encontraria uma surpresa levemente agradável. E eterna como uma cicatriz profunda.

Ao se vestir com o cinza das farpas traiçoeiras, resolveu abortar muito dos planos do futuro. Procurou algum objeto que tivesse uma ponta lancinante. Encontrou apenas uma dessas agulhas de tricô, as mesmas que bordam roupas para quem chega a vida repleto de sonhos. Resolveu não pensar muito e com suas próprias mãos foi perfurando cada esperança contida em cada sonho. Ela sentia a dor latejando, mas isso, em questão de minutos desapareceria e daria lugar a uma terna sensação de anestesiamento. Então abortou sonho por sonho e depois de ficar livre do peso do que não era mais necessário, resolveu sair na noite para perder a moral de copo em copo ou de cama em cama.

Penteou os cabelos, passou o batom vermelho, colocou seus pés delicados em suas botas de combate e saiu como quem deixa a convento para deitar-se em lençóis sujos com restos humanos. Saiu com o olhar mais negro do que nunca. Ainda eram os mesmos olhos negros, mas agora eram também os mais vazios. Andou pela noite, tentando se fazer a mulher mais sedutora, porém havia algo errado. Os rapazes fugiam dela, a cada toque, a cada carinho, a cada beijo e a cada abraço.

Aquilo a irritava. Aquele desprezo lhe causava revolta. Será que não teria experimentado todo desprezo do mundo e como se não lhe bastasse agora lhe ignoravam mais ainda? Será que necessitava de mais desprezo? Será que não tivera o bastante? Antes de querer chorar entre os transeuntes anônimos, resolveu voltar para sua casa.

Na volta, com a madrugada reinando entre os becos e os bêbados da cidade, andando sem pressa, ela parou para se olhar no vidro daquela loja de beleza fútil. Ao parar e olhar para dentro do reflexo de seus próprios olhos o vidro estilhaçou-se em mil pedaços, transformando-se em espelhos caídos pela calçada, que ela pisava com os pés descalços.

Com as botas de combate nas mãos, foi pisando nos pequenos cacos e então viu seu reflexo. Chorou. Ela tinha se transformado naquilo que mais crucificara. Tinha se transformado em quem mais odiava amando desesperadamente. Sentiu o arame farpado que vestia apertando sua carne, espelhando um rastro de sangue por onde passava. Entendeu o porquê dos rapazes fugirem de seu toque e de seus beijos. Eles fugiam, pois no primeiro ato de carinho eram friamente golpeados, perdendo sangue e toda aquela vitalidade que os jovens têm.

Os estilhaços no chão, o sangue deixando rastros no caminho e o reflexo da penúria. Ela não agüentou o que viu, não agüentou ser o que mais odiava. Angustiada, saiu correndo sobre os cacos, procurando alguma forma de se livrar do que havia se tornado. Enquanto corria, foi arrancando as farpas do arame que envolvia seu corpo. Isso exigia dela uma força desmedida, arrancar farpa por farpa deixava cicatrizes ferrenhas naquele corpo tão jovem. Mas não havia outro caminho. Ela precisava arrancar aquilo, como os desesperados precisam de um milagre para continuar a viver.

Ao fim da madrugada, com os primeiros raios solares materializando-se em cantos de pássaros, ela sentia seu corpo em carne viva – mas livre de armaduras, farpas, medos e incertezas. Era mais uma semana que começava ali e ela precisava seguir, mesmo com a ausência colossal de quem tanto amava. Levantou da banheira de sangue e de lágrimas, com o corpo todo doído e se olhou no espelho. Apesar do vermelho gritante de sua carne, aquela sim era ela. Sem máscaras, sem medos e sem mentiras.

A pele viva latejada como quem pede por socorro. A alma outrora seca estava encharcada mais uma vez, de sonhos, sutilezas e quereres. Foi então que ela despiu de sua pele e a vestiu pelo avesso - com a intenção de esconder todas aquelas cicatrizes e de sentir o mundo com a força dos desejos – porque tudo o que a tocar, tocará direto na carne. Viva.

Vestiu a roupa mais comum, colocou seus óculos escuros, amarrou seus cabelos da forma mais simples e resolveu sair para comprar flores e tomar um café forte. Por vezes a encontro com um drink na mão, roubando todos os olhares da noite. Por vezes a encontro sorrindo, carregando flores de plástico. E por vezes a encontro, abraçada com o velho arame farpado, entendendo que seu destino nessa vida Severina é um constante momento de morte e ressurreição. A ela, dou o nome de mulher.

então tá.


"[...]
- Então, doutor, não é possível [...]?
- Não. A única coisa a fazer é tocar um tango argentino."






que assim seja então.

terça-feira, 22 de setembro de 2009

riso flor a

é, a primavera chegou trazendo novas cores para mim.
espero que traga paz, discernimento, capoeira desfazendo solidão, librianices - além das longas noites de diversão, em qualquer lugar desse mundo, com algum riso sincero.
é tudo o que me interessa.




e o amor?
traz pra mesa também, vamos bebê-lo com limão e sal, até ficar de pileque!

quarta-feira, 9 de setembro de 2009

a saviour and a saint?



quando o mundo dá voltas o suficiente, quando se tem uma das melhores chances de se fazer bem pior, quando em um simples escorrego do cotidiano se tem a chance de rir por último. . .

eu acolho.
eu escuto.
eu reflito junto.
eu aponto os erros.
eu curo as feridas.
eu ofereço água.
eu penso respostas.
eu me disponho.
eu mostro que todo o mal, me fez bem.


mas desde já garanto que um dia não haverá mais esse silêncio perturbador, enquanto você vai embora com todas as minhas respostas e mais uma vez, eu continuo sem resposta alguma.



I don't know what you're looking for
You haven't found it baby, thats for sure
You rip me down, you spread me all around
In the dust of the deed of time

And this is no case of lust you see
It's not a matter of you versus me
Its fine the way you want me on your own

But in the end its always me alone
I'm losing my favourite game
You're losing your mind again
I'm losing my baby, losing my favourite game
I only know what I've been working for
Another you so I could love you more
I really thought that I could take you there
But my experiment is not getting us anywhere

I had a vision I could turn you right
A stupid mission in a lethal fight
I should have seen it when my hope was new
My heart is black and my body is blue

And I'm losing my favourite game
You're losing your mind again
I'm losing my favourite game
You're losing your mind again

I'm losing my baby, losing my favourite game
I'm losing my favourite game (losing my favourite)
You're losing your mind again (I try)
I try but you're still the same (I try)
I'm losing my baby
You're losing a saviour and a saint
-
dedicado à J. e ao seu sorriso, cortante como a realidade.

sexta-feira, 4 de setembro de 2009

desatinos de sexta-feira....




ah, achei meigo.
pode ser a Globo e tal mas acho interessante esse jogo louco de personagens extremos. o resultado final , sem dúvida, ficou digno de admiração.

segunda-feira, 31 de agosto de 2009

vontade de fazer barulho, mas....

O
único
silêncio
que
perturba,
é
aquele
que
fala.
E
fala
alto.


Martha Medeiros.
ainda nisso? talvez.

quarta-feira, 19 de agosto de 2009

e que assim seja.


fazia tempo que eu não voltava aqui pra escrever minhas inquietudes ou exumar os velhos pensamentos. na verdade, não tinha nem vontade. esses dias de sumiço foram necessários.

foi numa manhã de sábado, depois de uma noite toda acordada e me divertindo como quem ganha na megasena, que eu resolvi fazer um desses ritos de passagem. um banho quente foi necessário pra deixar as feridas na alma ardendo e sangrando, assim como foi preciso encarar o sol sem o óculos escuro. e com o corpo cansado saí na rua, encarando a Deus e o mundo, cobrando respostas que somente eu poderia me dar.

foi numa manhã de sábado que coloquei os pingos nos is, pensei e repensei em quereres, joguei o que não presta fora (apesar de restos de chiclete continuarem nas minhas bota de combate), me decidi e notei que as respostas que eu tanto queria começaram a aparecer, como uma brisa leve e colorida num final de outono.

para comemorar a decisão, além da dose de tequila tomada inconscientemente na noite anterior, cortei os longos cabelos que tanto me agradavam. olhei no espelho, reencontrei e me apaixonei perdidamente por quem eu não via há anos - eu mesma, com a dose de decisão precisa pra fazer da própria vida mais uma dessas revoluções de amor que se contam aos netinhos.

eu precisava disso.
obrigada por Tudo, obrigada sempre.

quinta-feira, 16 de julho de 2009

ai!

muitas borboletas na barriga!
em breve, São Paulo - mais uma vez.


(indescritível essa sensação maluca dentro do meu estômago).

segunda-feira, 13 de julho de 2009

e que assim seja!

quarta-feira, 8 de julho de 2009

no meu peito.



escrevi, apaguei, rascunhei, pensei, indagnei e continuo sem conseguir alguma palavra que defina o quanto ela ainda significa pra mim.
por mais que a nossa separação tenha sido um golpe fatal em uma série de sonhos construídos desde a infância, a maturidade adquirida longe dela impressionantemente valeu a pena e ainda vale.


eu não sou mais a mesma desde que nos separamos e sei que ela também não é. ainda que separadas acho que nossos sonhos só cresceram. acho também que uma jamais esqueceu a outra, afinal em tantos anos de parceria, construímos as mais ternas histórias juntas.

mesmo conhecendo tantas outras faces, gostos, cheiros e sentimentos - aquela menina ainda sim faz meus olhos brilharem e me dá uma felicidade louca! há mais de dois anos separadas, a saudade bateu mais forte e eu resolvi que sim, era hora de ver os cinco continentes pisando a mesma calçada, andar sossegadamente na multidão dos apressados, sentir o seu cheiro característico, experimentar o caos que há na sua paz, andar na noite cercada de luzes. é hora de reencontrar minhas raízes e minha saudosa amada.
é hora de voltar pra casa.

faltam nove dias para o meu reencontro com São Paulo.
e o meu coração?
ainda acha que é sonho.



"Os evangelhos e todos os textos sagrados
de todas as religiões foram escritos no exílio,
em busca da compreensão de Deus (...)
é nesse momento que os livros são escritos,
os quadros pintados,
porque não queremos
e não podemos esquecer quem somos"

terça-feira, 7 de julho de 2009

qualquer semelhança é mera coincidência.




- Ave Maria, com você meu coração vive disparando, olha só! Quando não é paixão, é alvoroço!
- O meu não é de paixão, nem de alvoroço.
- Cê tem razão, queira bem de se aventurar. É assim que a vida merece ser vivida.
- É mas pra um homem mulherengo assim como eu, tem uma hora que o coração quer sossegar com alguém.
- É que a paixão tá virando amor, meu bem! Eu sinto a mesma coisa...
- Eu tô falando de outra coisa! Pois é, é de outro alguém.
- Alguém que se chama Lisbela.
- Tava dificil de dizer, ainda bem que cê disse.
- Preferia dizer eu mesmo pra não morrer ouvindo da sua boca.
- Dona lisbela é é até menos carnuda, menos mulherão que você mas é nela que eu tô enganchado.
- E o que é que você tem à oferecer à ela? a mim você já desgraçou, mas à ela não! tá casando agora! vai ser mãe, dona de casa, tem um futuro inteiro pela frente...fique comigo por amor!
- Ninguém ama por tabela, Inaura! Essas coisas não tem explicação! Pegue esse ônibus pra São Paulo, lá na frente tu me encontra, assim eu cumpro minha parte salvando sua vida. Agora eu vou dar um jeito de cuidar da minha ou morrer sozinho.
- Não, peraí, então deixa eu ir também! Ela não vai nem ficar sabendo!
- E você acha que isso presta?
- E você acha que tá prestando de outro jeito? Você não vive sem ela e eu não vivo sem você.
- Posso não, Inaura. Mesmo que eu pudesse, eu ia terminar com raiva de mim. Dizem que pra cada mulher que odeia um homem, um ano a menos que ele vive.
- Pois então você tá já se acabando!

domingo, 5 de julho de 2009

domingando.

e esperando amanhecer.

mas o vazio cega e você não percebe!

domingo com gosto [de quê?]






.
"[...] mas se você falhar, volta pra casa
já tanto faz
vai me ver sorrindo
pra te enfeitar
e me trai comigo
e descanse em paz
.
e não bote a culpa em mim, tenha dó, faz o seu
não desista agora não
fica em pé, você vai mal
o teu charme era fatal
ou talvez só pra mim?
tô pensando em te ensinar
vai por mim, você vai bem
.
e se nada funcionar
volta pra casa
já tanto faz
vai me ver sorrindo
pra te estancar
e me trai comigo
e me deixa em paz
.
fingir pra mim
que eu gosto mais
.
e todos vão falar
dar nomes pra mim
votar minha fé
que eu sou o teu quintal
.
se alguém vier falar
não brigue por mim
só diga que sou
um problema seu."
.

quinta-feira, 2 de julho de 2009

Deus escreve certo
por
linhas
tortas.




am
é
m
.

segunda-feira, 29 de junho de 2009

significados.


o beijo?
não, o sonho.
a vida?
não, as entrelinhas.


dezatinos da segundona.

antes de começar a rotina doida, corrida e insana eu não poderia deixar de escrever um desabafo: absolutamente nada do que eu esperava aconteceu - e o que me dá um medinho na barriga é esse destino brincando de traçar ironias com a minha vida e a tua, enquanto ele me rouba risos, enquanto os sonhos ainda são os mais estranhos (e os mais saudosos dessa vida, afinal teus beijos ainda são os mais matadores) eu sigo sabendo que se o destino insistir nessa brincadeira, eu tiro logo os sapatos com a ânsia de ver todos dançando na lama.
dezatinem, meus bens!

domingo, 28 de junho de 2009

riso de canto de boca.

era noite.
saí com as velhas botas de combate e com algo de diferente nos olhos: era a o resto da minha esperança se vendendo por algum copo fundo e algum cigarro forte, que me desse ânsia de seguir em frente. o batom, o cabelo mais comprido, as intenções e as companhias eram a mesma. o lugar nem tanto, estava transformado, havia mais intenções sobrevoando o ar do que eu poderia imaginar.
chegando lá, espalhamos alguns copos pela mesa e tratamos de enchê-los de ar, enquanto as almas ficavam leves, à medida que chegavam novos rostos com conversas diferentes. até que chegou um e sentou-se do meu lado. apresentou-se e me deu dois beijos no rosto. a simpatia dele não me era estranha e em questão de pouco tempo, estavamos trocando risos. muitos risos.
a conversa olho no olho, a identificação era total. os mesmos risos eram derivados dos mesmos gostos. ele gostava de estrago, gostava de sorrir enquanto misturavamos a mesma saliva na lata de cerveja e no cigarro forte. dividimos idéias, ele me fez prometer que iriamos nos encontrar em breve e ainda me prometeu que iriamos morar juntos no Copan. antes de sair da mesa, perguntou repetidamente se ainda estaríamos lá e só foi porque a música o chamava.
quando a garoa apareceu na noite, dando ao céu um colorido ácido - as gotas me disseram que ele era aquele que eu poderia matar com as minhas próprias mãos. era ele que reinava onde eu vivi por muito tempo.
as gotas me contaram que o moço dos olhos negros, que tinha muito em comum, era mais uma peça que a vida me pregava. e estando supresa com o rumo que as coisas tinham tomado, eu apenas sorri enquanto me equilibrava ao andar na velha linha do extinto bonde - na rua cheia de ironias.

sábado, 27 de junho de 2009

e depois...

das dores, dos dezamores, dos dezatinos e de algumas lágriminhas escondidas embaixo do travesseiro é hora de calçar as botas de combate e correr atrás de risos pra minh'alma.
me segura São Pedro!

quarta-feira, 24 de junho de 2009

terça-feira, 23 de junho de 2009

ponta da faca > um murro!

eu já sabia.
nem dói.
nem choro mais.
e continuo gostando de brincar de mentir pro espelho.





"[...] sem querer fingiu
não doer o adeus
mas enfim cruzou
a porta que se abriu
sempre a disfarçar
que tanto doeu
e o seu olhar
só fez negar"

domingo, 7 de junho de 2009

jogando tudo pro alto.

~*
fui pro Rio de Janeiro e volto já.




sexta-feira, 5 de junho de 2009

" (...) mas já agora não busco mais estrelas e nos livros: começo a ouvir os ensinamentos que meu sangue murmura em mim. Não é agradável a minha história, não é suave e harmoniosa como as histórias inventadas; sabe a insensatez e a confusão, a loucura e sonho, como a vida de todos os homens que já não querem mais mentir a si mesmos."

respostas no fim da página.

seguindo o protocolo de alguém que inventou essas coisas, vamos cumprir o papel direitinho, né?

1 - Dizer quem te presenteou com o selo e colocar o link do blog;
2 - Copiar e responder a um questionário;
3 - Presentear 5 blogs com o selo e avisá-los sobre.

Anne, a senhora dona da Fuzarca , que mandou e tá mandado.
então, vamos nessa:

1* MANIA: sonhar com coisas bobas demais.
2*PECADO CAPITAL: todos e mais alguns. sou humana!
3* MELHOR CHEIRO DO MUNDO: o da minha mãe e o de São Paulo.
4* SE DINHEIRO NÃO FOSSE PROBLEMA EU FARIA: nada. excesso de dinheiro seria outro problemão.
5* CASOS DE INFÂNCIA : quando meu pai, num descuido bem carinhoso deixou eu cair escada a baixo.
6* HABILIDADES COMO DONA DE CASA: ligar pra minha mãe pra saber como fazer as coisas de casa.
7* O QUE NÃO GOSTA DE FAZER EM CASA : limpar a cozinha, pqp! me dá nos nervos!
8* DESABILIDADES COMO DONA DE CASA : errar o que minha mãe custa a me explicar.
9* FRASE: aquelas que curam.
10* PASSEIO PARA ALMA : um riso, um abraço, um beijo. sincero.
11* PASSEIO PARA O CORPO : sutilezas.
12* O QUE ME IRRITA : geminianices servem?
13* FRASE OU PALAVRA QUE FALA MUITO: "bora tomar uma?"
14* PALAVRÃO MAIS USADO : depende da situação e da intensidade do acontecimento, né?
15* DESCE DO SALTO E SOBE O MORRO QUANDO: rapaz, eu nunca desci do morro pra subir no salto, isso é fato.
16* PERFUME QUE USA NO MOMENTO: Pitanga, da Natura (novidade!)
17* ELOGIO FAVORITO: aquele que surpreende.
18* TALENTO OCULTO: dar formas aos pensamentos.
19* NÃO IMPORTA QUE SEJA MODA NÃO USARIA NEM NO MEU ENTERRO: eu não digo mais essas coisas não, a última vez que disse que não faria uma coisa acabei sendo surpreendida pela vida.
20* QUERIA TER NASCIDO SABENDO: matemática!
21* EU SOU EXTREMAMENTE: amadora, eu amo muito.


os blogs presenteados por esse questionário?
os primeiros a comentar que não receberam o selo :D

durante a tarde




- o que significam essas fitas?

- são histórias.

- e quando elas envelhecerem e caírem?

- vão ser apenas lembranças.

sexta-feira, 29 de maio de 2009

era o que eu dizia.



que venham todas as horas repletas de bebidas, corpos, rostos, risadas, pecados, intenções e bondade, de copo em copo.
brindemos à sexta-feira de mistérios e pedidos em voz baixa, ao longo do corredor, enquanto finjo rezar dissimulando um pensamento em você.
ainda há espaço para muitos acertos ao longo do meu caminho.
e muitos erros dentro da minha bolsa.

sexta-feira, 22 de maio de 2009

reinvadindo.

a chuva caia mostrando que além da água que invade a cidade, os risos, os olhares, as mordidas e os milagres acontecem até quando o Lenine faz o seu show.


"(...) Derramei minha saudade
E a cidade escureceu
Desabei na tempestade
Por um beijo seu
Nem a Lua, nem o Sol, nem Eu
Quem podia imaginar
Que o amor fosse um delirio seu
E o meu fosse acreditar
Hoje o Sol não quis o dia Nem a noite o luar."

e lá vamos nós - mais uma vez.


"(...) E
eu
me
rendo
A
mais
um
milagroso
dia (...)"

domingo, 17 de maio de 2009

de nada.

porque o mundo dá voltas.

sexta-feira, 15 de maio de 2009

na boca do sapo.

"(... ) seu nome na boca do sapo
sua boca na minha
(...)"
Céu - Lenda.

entre calçadas, desamores, desafetos e muitas histórias em comum, as quatro garrafas se fazem presente. assim como os enredos, os risos, as coincidências, os destinos.
o riso em comum, ainda é o mesmo.
na boca do sapo.

quarta-feira, 13 de maio de 2009

insônia

gosto de café.
gosto.

sexta-feira, 8 de maio de 2009

avisa!

vento no cabelo, cabelos nos olhos, no nariz, na boca.
cabelos ao vento, emaranhado de cabelos.





desatino da noite?
"(...) Parece até que o vento traz o sentimento
Ele nem faz questão de nos avisar
Pro vento que traz sofrimento,
que sopre pra outro lugar."

terça-feira, 5 de maio de 2009

pensando

foi bom.
foi bom reencontrar aquelas pessoas.
foi bom respirar um novo ar, cheirando a lama e a maracatu.
foi bom dormir pesado.
foi bom acordar cedo.
foi bom aprender escutando, dizendo, negando, afirmando.
de mãos dadas, mãos separadas, mãos suadas, mãos indicando, mãos negando.
mãos que constroem o caminho.

foi bom escutar batuque.
escutar cantigas e melodias.
foi bom dançar timidamente.
foi bom beber, escutar a chuva caindo e a música alta.
foi bom largar a bebida, segurar as mãos desconhecidas e dançar ciranda.
foi bom ter os pés descalços.
foi bom sujar eles com a poeira do chão.

foi bom ter os ânimos a flor da pele.
foi bom sentir a ansiedade correndo nas veias.
foi bom conversar. debater. procurar saber. me esforçar.
foi bom.

foi bom comemorar pela vitória.
foi bom ver todos felizes.
foi bom estar feliz.
e é melhor ainda saber que esse vício não me larga as pernas e faz com que eu não consiga parar, de viver ~*

chutando a vida e as histórias.

faixa 07.
play >
acordes e melodias.

celular toca e o visor denúncia um número velho porém conhecido. a mão incontrolada aperta o botão verde e a mente atende mesmo antes de processar as idéias.

- alô?
- alô (...)
- ah, oi!
- oi! por que você me mandou aquela mensagem ontem?
- ah...essas coisas não tem explicação. mandei porque tive vontade. queria que você soubesse, era importante pra mim.
- mas isso foi do nada?
- foi sim. precisei dizer. precisei saber que você sabia, de alguma forma, mesmo ainda tão gélida e distante. apesar de tudo, foi verdade.
- ah, que bom, fico bem feliz por isso. obrigada.
- magina.
- (...)
- (...)
- mas e aí, como você tá?
- tô bem, vida corrida. e você?
- eu tô super bem, vida corrida também.
- super bem? que bom! foi pressentimento então.
- é, foi. você sempre teve isso né?
- sempre! como daquela vez que você feriu o pé!
- é...
- (...)
- (...) tô ouvindo S.
- ah, sempre a encontro, sempre conversamos muito.
- diz que eu mandei um beijo pra ela.
- digo sim.
- (...)
- (...) bom então é isso, só liguei mesmo pra saber como você tava e tal. fica bem aí.
- beleza, se cuida aí também. um beijo.
- beijão.


e enquanto isso a música repetia o refrão final, até pular pra próxima faixa.
(...) um lugar onde aquecer as mãos
um beijo salgado quente
um vazio fundamentado no formato que você deixou

quarta-feira, 29 de abril de 2009

agindo.




hoje, me livro dos fados.

hoje, proponho morte as dores e lágrimas embutidas.

hoje, vou dormir com a paz de uma criança que sabe que a quinta-feira virá cheia de confete e serpentinas.
com os olhos fechados, a ansiedade batendo no coração e com os dedos cruzados eu sinto a embriaguez do frevo chegando.

terça-feira, 28 de abril de 2009



respirar fundo.

domingo, 26 de abril de 2009

domingando...

tá vai, eu sempre quis ser a Daniela Mercury nesse clipe.
não sei onde carrego essas coisas interioranas, essa vontade de calçar chinelos feitos de palha, dormir em cama velha de ferro, com lençóis velhos cheirando a sabão em pedra.

sábado, 25 de abril de 2009

dezatinando....

é, eu lamento. no fim de noite, no fim de semana, no fim da música, no fim da chuva. lamento com os pés apertados no sapato, com o olhar firme, com o rímel intacto, com o batom intocado. lamento com as poças cheias de água da chuva, lamento pelas nuvens escurecendo o céu, lamento pela rua ainda que cheia, com um um ar de solidão. lamento pelos passantes, os anônimos, os conhecidos, as pessoas. lamento com o copo vazio, a garrafa pela metade. lamento pela estação trazer o cinza, ainda que necessário, para regar as novas mudas. eu lamento olhando o longe, de longe e brindando assim, todos os seus lamentos.

sexta-feira, 17 de abril de 2009

Efetuando

fim da semana stressante + bar = 11 cervejas, uma porção de batatinha frita e carne de sol . uma calourada + amigos + conhecidos : chuva, um black-out + risadas.de.doer.a.barriga = ?
[R: N histórias engraçadas vividas no setor mais perigoso daquele grande hospício.]





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tava com um bocado de saudade disso e das fórmulas
mágicas de fazer sorrisos e distrbuir.

quarta-feira, 15 de abril de 2009

desatinando.........



08:10 da manhã, terça-feira.
prova sobre política social hoje, sobre Gramsci amanhã e seminário de Administração na sexta-feira, seguidos de revisão para a prova da semana que vem.



desatino do dia: por que djabos eu não fiz Física?

sexta-feira, 10 de abril de 2009

os dez.

sexta-feira de dezatinos, dezamores, dezanimos e dezafetos!
e a chuva que sempre vem pra lavar a alma, as ruas, as vielas, as avenidas, os olhares perdidos, as alfinetadas, as risadas, os passantes...e esse mundinho tão alheio a tudo que se passa aqui dentro.
sexta-feira santa que se transforma em um sábado ainda sem significados, como um papel branco pronto pra ser preenchido com todas essas cores e todos estes dezatinos, dezamores, dezanimos e dezafetos.

quarta-feira, 8 de abril de 2009

cacau show.

ganhei um ovo de páscoa com bombons de cansaço e um brinquedinho feito com stress.
gostoso demais.
sabor fadiga, levemente adociçado com implicância, deixando na boca um gosto de saudade e uma vontade de sumir.


ê, vida de gado.

sexta-feira, 3 de abril de 2009

você está aqui



preciso sair dessa cidade, mesmo que ainda seja uma cidade beeem bonita.

na verdade, não é novidade que aqui nunca foi o meu lugar, aqui não é nada mais que uma escola de aprendizados sofridos e felizes e muito importantes. eu sinto que não vai demorar muito pra eu poder finalmente pegar o beco mas ainda há o que se viver. e entre o calor e a pequenez da cidade, eu não como fazer pra acelerar esse processo. talvez não haja o que acelerar e sim esperar sentada, feito uma moça paciente.

e esse é o grande problema, perdi minha paciência quando duvidei que aquela brisa não era um vendaval. mas é isso, o jeito é continuar com as botas de combate, descombinando com a sainha de mocinha comportada, esperando o momento certo de zarpar com meu navio e com toda a sua magia.

loading. . .

é, volta e meia aparecem essas vontades de escrever.
espero que esse blog dure mais que a vontade de excluí-lo.
por aqui devem ficar alguns devaneios, bebidas pela mesa, sorrisos nos olhos e ironias na ponta da língua.
as coisas bonitas e verdades ficam no Recanto.
aqui, só o processo de reciclagem.